quinta-feira, 20 de junho de 2013

O Prólogo do Fim.

Ja faz alguns dias que cai neste tempo. Não sei dizer como tudo começou. Ou porque fui jogado aqui. Na verdade sei sim. Nos deviamos ter levado  a serio quando aquele arqueologo disse ter encontraod o livro. Na verdade a maioria achou que fosse apenas um adormecido tentando aparecer nas midias sociais. Ninguem achou que um artefato daqueles estivesse desprotegido ou de posse daquele homem. Os poucos que resolveram averiguar chegaram tarde demais. A ruptura da trama deixaria qualquer um enlouquecido. O rasgo que aquela coisa deixou a olhos preparados assustaria qualquer um. A sensação era de que poderiamos ser tragados pela brecha a qualquer momento. E fomos. Um a um, nos fomos. 

Eu  me chamo Damon, um descendente sioux.  Minha magika me permite ver o que os olhos despreparados não vêm. Eu vejo o mundo dos espiritos e caminho por ele, como se fosse o quintal da minha casa. A longevidade faz parte de minhas qualidades e por isso, tenho visto coisas inimaginaveis. Eu vivi em 2013, antes de tudo mudar. E vi o caos que aquele ano se tornou apos a ruptura da trama. O mundo virou um enorme quebra-cabeças sem solução. De repente ficou perigoso sair à rua para comprar  pao. Vandalismo, pixaçoes, guerras civis. Foi so o começo ate o homem achar que tudo era culpa de satanás, de bruxaria.E a  caça as bruxas teve inicio mais uma vez. Mas não somente entre os despertos e os adormecidos, e sim, entre nos. 

Eram apenas duas facçoes: Os tecnocratas que acreditavam que se exterminassem o Gen X, nada de ruim poderia acontecer à realidade nunca mais. Eles passaram a caçar escolhidos, para impedir seu despertar, recrutavam magos ainda adormecidos para fazer neles alterações biológicas, implantes. Colocar neles chips que lhes dessem uma nova vida e uma missão. Exterminar os despertos. Os tecnocratas eram liderados por um hibrido. Joham Masala liderava aqueles malditos. Alguns o chamavam de Warg. Outros de monstro. Um magus com habilidades de um Garou. 

E do outro lado os Magus que se uniam para restaurar o equilibrio fundando a Ordem Rebirth. Liderados por Edward Noors. Um Hermetico fervoroso e radical. Ele uniu os principais membros dos nove circulos. Recrutou magos novos e libertou alguns dos aprisionados pelos tecnocratas. Os Magus liderados por Noors acreditavam que voltando no tempo e exterminando os erros da trama, conseguiriam impedir o avanço caótico do futuro. E assim foi feito. Nomes foram dados, pesquisas foram feitas e portais abertos no mundo todo, Magus, matando magus. Então mais uma vez o grupo se dividia.
Alguns dos Magus não aceitavam a ideia de ter que matar os seus. Matar gente que conheciam, filhos, maridos, mulheres, irmãos. Acreditavam que o focus estava em outro ponto. E que a Facção, na verdade estava tão alientada quanto os adormecidos ou os tecnocratas. Cometendo barbaries em nome da Arte.  Eles se rebelaram e formaram a Resistencia. Um grupo de Jumpers que saltavam pelo tempo para impedir a morte dos Magos que estavam de algum modo relacionados ao caos formado. Os Jumpers eram liderados por Stephen Marvell

Então o mundo ruiu. A III grande guerra for a decretada e a ameaça nuclear veio a tona. Os estados Unidos construiram Vaults para abrigar alguns cidadãos, naves espaciais para enviar alguns escolhidos para bases lunares. Mas era tarde demais.  Eu preciso ir. Eu senti aquela sensação de propagação novamente. A trama estava se abrindo. Como se feita de papel. Seja la o que está mudando tudo isso, está aqui, neste passado insandecido. 

Damon dos Sioux.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

O Sonho de Ivar

- Ivar! Venha para dentro!

Ele mal escutava os gritos da mãe enquanto estava nas margens do rio. Costumava correr pela mata antes mesmo que o sol nascesse, quando tudo ainda era cinza e escuro nas madrugadas do inverno na Gália. Principalmente depois de seu décimo segundo aniversário, quando as coisas apareciam tão diferente para seus olhos infantis. Gostava de ver as cores que saiam dos animais. Como era mais fácil percebe-los daquela forma. Ali, em meio a floresta ele se sentia como se fosse parte dela. Se sentia forte. Muito alem do que jamais sonharia ser em seus sonhos de menino.

Era inicio do inverno aquela manhã, o sol já havia surgido e iluminava porcamente o caminho por entre as copas congeladas e cinzas da floresta. O caminho branco que levava até as margens do rio era seguido por ele. Sentia o respirar denso, a fumaça que saia da boca a cada passo que avançava em direção à água gelada. Desta vez, havia avançado mais. Era como se pudesse escutar algo a lhe chamar, a exigir sua presença mais adentro da floresta. Apenas seguia os fios luminosos que saiam de seu corpo e seguiam ligando-se a cada elemento que havia ali. Mas principalmente que pareciam servir de guia para o caminho que levava mais adentro.

Ele deixou que os pés seguissem pelo caminho de neve, era dificil descrever a sensação que tomava o pequeno Ivar aquele momento. A voz da mãe ja tinha dado lugar aos ruidos da floresta, ao farfalhar das folha e o ruido dos ventos. Foi quando a viu pela primeira vez. Ela estava no centro de uma clareira. O tronco esbranquecido pelo frio do inverno se erguia imponente abrindo caminho. Ele jamais tinha visto uma árvore tão alta. Se espalhava em galhas quase secas e esbranquiçadas que deixavam pender ao longo de sua madeira folhas vermelhas como o sangue. Um contraste lúdico naquele visual branco. Era um Bordô. Haviam outros menores ao seu redor, mas ela. Ela estava ali. Ivar não conteve o sorriso e o fascinio que ela tinha sobre ele. Caminhou lentamente na direção da árvore. Sentia os feixes de luz que saiam de seu corpo seguirem para ela, se confundirem nos que saiam dela em sua direção.

Ajoelhou-se diante dela e esticou a mão. Os pequeninos dedos puderam tocar o tronco daquela enorme arvore. Era como se aquela estrutura tivesse vida. Como se fluisse entre seus ramos e caule cada particula de vida que existia em Ivar. E pela primeira vez, ele pôde ouvir. De inicio não entendeu direito o que aquelas palavras tão antigas sussurradas em sua mente queriam dizer, mas depois, eram tão claras. Como se ele nunca tivesse deixado de falar aquela língua. Eram óbvias e contavam novidades, contavam fatos ocorridos ao redor de um mundo que ele sequer tinha ideia de que existia. Foi a primeira vez que ele se lembra de ter chorado. Chorou de uma saudade inexplicável. De uma necessidade extrema de gritar que estava feliz. Que estava completo e assim abraçou a árvore. E naquela madrugada ele soube que embora não tivesse aberto a boca para dizer uma palavra, de alguma maneira ela sabia tudo sobre ele.

            Não lembra quando adormeceu aos pés da árvore. Sentia-se protegido e tranquilo. Acordou quando os raios de sol passaram pelas folhas vermelhas e tocaram seu rosto. Ouviu as vozes que vinham pela floresta.

- Ivar! Onde está?! Sua mãe vai arrancar o seu couro e o meu pequeno, ande! A comida está quente!
           
            Era a voz de seu pai. Levantou as pressas ajeitando a capa de peles que tinha sobre os ombros. Olhou para a arvore e sorriu em despedida e promessa. Voltaria. Para todo o sempre, voltaria.

            Abriu os olhos. Era madrugada em Lendas Urbanas e Sandra dormia em seus braços. O bordo. Seu Daemon parecia acordar novamente dentro dele enchendo seu peito de saudade e culpa. E pela primeira vez em anos, sentou-se na cama. E chorou.


Cronica by Mathew Draconia

“O sonho de Ivar”

Capitulo I

O Livro das Sombras.


Lendas Urbanas, 19 de Junho de 1880

A cabala fora fundada. A ideia sempre esteve em cada um de nós, mas agora, ela tinha uma sede e um objetivo. Durante meses estivemos chegando, jogados aqui nesta cidade de vários tempos e lugares. Estivemos perdidos, estivemos afastados de nossos avatares. Mas agora. Agora é como se o grande veu negro que se colocava sobre nossos olhos finalmente tivesse caido.

Alguns de nos desapareceram. Tão estranhamente como surgiram. Foram levados, outros morreram diante de nossos olhos. Mas permanecemos. Fomos atacados, violados, expulsos, mas permanecemos fortes e unidos e agora, agora era nossa vez de reagir porque somos magos e o mundo é  nosso parque de diversão.

Ainda estamos sem as nossas esferas, mas não estamos incapazes, aidna dominamos os rituais, as poções e o conhecimento. Então agora vamos dar o troco.


Shane Jaques Delacroix
Orador dos Sonhos.